Estava lá em São Paulo esses dias, aproveitando para matar a saudade dos museus e de vários bons amigos. Entre eles, um psicólogo que eu amo de paixão. Encontramo-nos no Coffee Lab – um dos meus cantinhos favoritos da cidade. Entre um gole e outro, depois de várias atualizações gerais sobre como anda a vida, ele solta, rindo:
– Lis, encontrei o homem da sua vida, absolutamente perfeito para você! Ele é hétero, bonito (diz engasgado porque, “homem não fala isso, né?”), inteligente, adora viajar e ler…
A lista só melhorava e, a cada adjetivo, um centímetro a mais no meu sorriso se abria. Empolgada, perguntei quando eu conheceria o tal sujeito.
– Não sei, Lis. Torce para o destino te apresentar ele logo, de algum jeito, porque eu não posso e não vou dizer quem é. Seria anti-ético.
– Então por que diabos você me contou isso?
– Não aguentei, respondeu rindo.
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Dentre minhas amigas, Bianca está entre as quais melhor lê minha alma sem esforço. Está também na lista de pessoas com as quais mais tenho afinidade de gostos e interesses e, entre as quais eu mais admiro. Assim, se ela fala, dou créditos.
E ela disse: “Lis, encontrei o homem da sua vida, absolutamente perfeito para você! Ele é superinteressante, inteligente, gato e cheio de estilo, adora viajar, fotografar e ler… Ele é politizado, morou fora do país vários anos, trabalhou durante dois ajudando como médico voluntário no Haiti… Só tem um problema (disse com um sorriso torto, um tanto chateada): ele é gay”.
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Palmas, gente. Parabéns a todos os envolvidos! “Obrigada, Brasil”, thumbs up, bisous e vão se ferrar todos vocês que acham minha soulmate errada, haha. Sorte a de vocês (ou minha) que eu rio do tragicômico e, na falta de melhor opção, faço dele texto.
Andrew Westermann shot by Pierre Debusschere.
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