Tag: poema
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Poeminha de segunda (à moda haikai)
Num mar de palavras Me perdi Você me encontrou Eu já não estava mais lá
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Noturno
Abro os olhos A noite ainda escura Respiro devagar O ar gelado me inebria, me amarra em perguntas que eu não sei responder “Até quando? Por que tanto? Onde está você?” Fecho os olhos Travo o peito, e a garganta Os músculos das costas que carregam minhas asas, ardidos reclamam sua dor As lembranças me…
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Meu poema
“Eu quero escrever um poema para você”, e sorriu. Um corpo no outro Os dois mergulhados Num mar branco e florido De algodão “Escreve um poema em mim então”, e sorriu. Beijou a pontinha do nariz dela Mordeu o ombro Escreveu nas costas Meu silêncio E minhas palavras mais doces Meu coração, meu peito aberto…
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All the earthly things
All earthly things are gray and flat I remember when Killers were a band And we shouted to their song Life was glitter and love Do you remember? All earthly things are fading and going black I wonder if I am going blind Or if it is just the sight of the hole And I…
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Eu deserto
Uma tonelada no punho Uma vez. Outra, e mais outra. E nos ossinhos vermelhidão. Respiro, um, dois, suspiro, respiro pesado. Não adianta! Uma tonelada no punho, contra o azulejo lilás. Outra vez, outra, outra, outra, outra. Agora sim, sangue escorre da pele rachada. Choro um milhão de lágrimas e urro. Desisto e lembro da primeira…
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Os meus poemas
Meus textos são todos escritos à moda tradicional e pregada pelos (meus) mestres: mais transpiração do que inspiração. A transpiração do esforço e da briga com a página branca, com as palavras, com as ideias, com as formas. Mas não os poemas. Estes tem vida própria e vem quando bem entendem. Me possuem, me fazem…
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Merde. Je dors pas sans toi…
a chuva a chuva a chuva o trovão o uivo do cachorro o chorinho do gato o gato o gato a chuva o cachorro os passarinhos a chuva a insônia as horas eternas os passarinhos malditos a chuva a água na calha a chuva a chuva insistentemente lembrando você. A foto é daqui.
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Saudades
Saudades Um sabiá cantou. Longe, dançou o arvoredo. Choveram saudades. [Helena Kolody] – traduzindo meu coração que hoje transborda de saudade ♡ foto.
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As vozes desses mortos…
Os Meus Livros. “Os meus livros (que não sabem que existo) São uma parte de mim, como este rosto De têmporas e olhos já cinzentos Que em vão vou procurando nos espelhos E que percorro com a minha mão côncava. Não sem alguma lógica amargura Entendo que as palavras essenciais, As que me exprimem, estarão…